quarta-feira, 15 de julho de 2009

Nós somos os 5 amigos

Nós somos os cinco amigos
Cuja amizade é antiga
Pois brincamos todos juntos.
Independente dos perigos,
connosco não há intriga
Versamos vários assuntos.

Em miúdos nós brincamos
Ao jogo das sameirinhas
E também jogo da bola.
A mocidade passamos
Tocando às campainhas
Desde os bancos da escola.

Crescemos, fomos unidos
Lá na nossa juventude
Enquanto pode durar.
Mais tarde, já divididos
Acabou a quietude
Veio o toque a destroçar.

Se a culpada foi a tropa,
Há quem fosse ao Ultramar
Embora cheio de medo.
Nos namoros, a cachopa,
Amigos veio apartar
E lá se foi o folguedo.

Foram-se os tempos passando
Um aqui, o outro lá,
Que o casar os dividiu.
Encontros,…de vez em quando
Quem sabe,…aqui, acolá
Pois um ou outro sumiu.

Quis o destino outra vez
Juntar o grupo dos cinco
Quarenta anos mais tarde.
Primeiro, encontros de mês,
Sempre feitos com afinco
Já que a amizade não arde.

Alterado p’ra semana
Foi esse dia escolhido,
Bem escolhido à maneira.
Damos asas nossa gana
Em vivermos o perdido
Em jantar à Quarta Feira.

Amigo é bem terrestre
Que preenche a nossa vida
Quer no dar ou receber.
É para nós como um mestre,
Tabuada incompreendida
Nesta escola do viver.

É num qualquer restaurante
Coma bem ou coma mal
Que se degusta o jantar.
Podem crer, emocionante,
Assim fica o nosso Astral
Postos nós a conversar


À noite vamos andando
Damos passeios a pé
Que o caminho é arbitrário.
Foi assim que caminhando
Na procura de um café
Chegamos ao Literário.

É este um clube aberto
Com leitura de poemas
Desde os tempos de Homero.
Tem lá poetas por perto
Que recitam certos temas
Sendo um deles o Anthero.

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