quarta-feira, 6 de julho de 2011

NÃO SOU CONHECEDOR NEM SOU ILUSTRE...

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Não sou conhecedor nem sou ilustre


Que de poeta, apenas sei rimar.


Não tenho o brilho nem tão pouco o lustre


Ou luzimento, para me encimar.



Apenas sou alguém que busca humor


P’ra distrair um pouco os seus amigos.


Aquilo que me sai não tem valor


Nem serve p’ra atacar meus inimigos.



Contente fico se o objectivo atinjo


De fazer rir aquele que me lê


Que os tempos andam sérios e pesados



E se para sorrir, por vezes finjo


Que o meu humor é Graça ou é Mercê,


Sei que a meus versos faltam… predicados.





Jaime Vilas-Boas


02.03.2011

QUADRA FILOSÓFICA

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Não entendo o que se entenda
que deva ser entendido.
Se perguntar não ofende,
-Faço-me... desentendido ?

Abril 2011

POEMA, SEM A LETRA " A "

Uns versos quis escrever
segundo isso que li.
Pobre de mim, sem poder
muito custou e sofri.

Eu bem tentei recompor
e outro verso imprimir.
Pobrezinho o meu louvor,
difícil é, me exprimir.

Termino este exercício
em sendo mestre no verso.
Repelindo este ofício,
podem crer, eu desconverso.

Muito se sofre por crer
reproduzir o que li.
Sem me poder proteger
utilizei bisturi.

Mexo e remexo comigo,
estremeço sem poder.
Nos sinónimos investigo
sentimento de morrer.

Glosando com o tema em 2009

quarta-feira, 9 de março de 2011

O TRAQUE REAL



Se o traque fosse soltura
Filipe estava borrado.
Rainha, tem compostura,
Mas mostrou, seu ar de enfado.

Filipe com ar de gozo
Antevê a gozação.
Eram um traque bem cheiroso
Levam todos seu quinhão.

Gases mudam com o vento
Quando a culpa é da aragem.
Podeis ver esse momento,
A Rainha, altera imagem!

Seu neto, que estava atrás
Levou descarga maior
Pobre de quem é rapaz
…Ficou na fila pior!

Mas quando a banda passou
Este Filipe real
Na retrete se sentou
E foi cagada fecal.

Todos nós somos iguais
Quer na nascença ou na morte.
Uns vestem vestes reais
Outros têm, … pior sorte.

Que rico casalinho !



Só De olhar para esta imagem
Eu vejo quanta ternura
Existe nesta amizade.
Me encanta esta abordagem
Com o seu quê de frescura
Em mimos de intimidade.

Se numa eu vejo a surpresa
No seu olhar de viés
Que aparenta certo medo,
Na outra vejo a braveza
Que não aceita o revés
Na busca do seu folguedo.

Mas num olhar mais atento
Noto ali protuberância
Por esse afago costal.
São situações do momento
Resultantes dessa ânsia
Próprias de um transexual.

Muita coisa não foi dita
Nem para o caso vem agora
Para a moral desta estória.
Se querem coisa expedita,
Hoje em dia ninguém cora,
Corram à Conservatória.