domingo, 25 de outubro de 2009

As mulheres do meu país


As mulheres do meu país
Mostram cara que adorais .
Mas quando estala o verniz
Até mostram muito mais.

Seus decotes bem abertos
Mostram o rego das mamas.
Nossos sentidos despertos
Logo ali vêem programas.

Na rua ao passar por nós
Aquilo dá mesmo raia.
Nas calças descoso o cós
Quando vestem mini saia.

Na praia, ali é mato,
Já não usam biquíni.
Deixou de ser caricato
Vestem só o monoqui.

Mas agora a moda muda
E p’ra algumas é fatal.
Já anda gente desnuda
Calçando fio dental.

Se a muitas falta decoro
Outras há que encafuadas
Consideram desaforo
Ter as caras destapadas.

Pena tenho que assim seja
Às ditas desses países
Que as suas caras não veja
Pobres delas, infelizes.

Mas olhando noutra via,
Nosso apetite perdemos.
Sendo muita a iguaria
Pouco ou nada, nós comemos.

O mesmo não acontece
Nas mulheres que usam turbante.
Seu marido desfalece
Se ela o tira num instante.

Quem limitado se vê
Com pouco alimenta o Ego
E se um nadinha antevê,
Logo deixa de ser cego.

E eu p’ra aqui a pensar
Nos coitados desses povos.
Tão pouco podem mirar,
Sejam velhos, sejam novos.

Assim sendo, eu fico cá
A ver passar as cachopas.
Vou esquecer as de lá
Que aqui eu vejo as mamocas.

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